Com o corpo apontado pro céu
Os olhos cerrados
Ouvindo velhos sambas
E conversas sobre umbanda
E nossa história
E a passarela
E a voz doce
Enquanto o sol se acalma e se esconde
E o vento balança os caracóis negros
Da pele branca
Sobre as pedras
E a grama
Uma pequena queda d’água
Embala a preguiça dessa tarde
Com os ouvidos atentos
Faz silêncio
Carlos
E espalha raízes
Pelo pedaço de paraíso
Sob a canga escura
O trem estacionou na colina
Disse Carlos
E ao amor…
Ao amor ou à vida ou à morte
A quem interessar
Carlos avisa:
Que venham ele buscar