Condenas os pelos por raspar
Tuas sobras
Teu vestido barato

Teu vestido barato
Entre outros milhares
Iguais e baratos
Florindo as calçadas quentes

Condenas a coceira entre os dedos
A flacidez da pele
O cansaço dos seios

Condenas o tempo e a preguiça
Que mordem tua carne
E roubam tua juventude

Mas tu ouves
Do espelho
As vozes de um mundo
À beira do abismo

Enquanto eu
Bem…

Eu te enxergo da cama
E penso
Ao passear por teu corpo
Que és tu
A mais linda
De todas

E no quanto
Queria
Estar entre
Tuas
Coxas